terça-feira, 20 de novembro de 2007

Amor e Lembrança Infinita.

Andando em direção a minha casa deparei-me com uma cena muito comum:
um belo casal, aparentemente de mesma idade. Eles se abraçavam e contavam segredos um para o outro. Parei e perguntei a um deles há quanto tempo eles já estavam juntos, "dois meses" foi a resposta. Dei as costas e ouvi a seguinte frase:
Nossa, como eu te amo.
Continuei meu caminho com aqueles dizeres em minha mente. Pus-me a pensar qual seria o destino daquele casal que se conhecia a tão pouco tempo e já diziam coisa tão profundas entre si. Será que eles sabiam o seguinificado daquelas palavras? Não, é claro que não, foi o que veio em minha cabeça.
Continuei a pensar sobre o amor, o pobre e banalizado amor. Na boca das pessoas mais banais que já chamaram ao longo de suas patéticas existencias centenas de pessoas de: meu amor.
Conversando com um pequeno grupo de meninas sobre isso, ouvi a seguinte frase: o amor é infinito. Peguei minhas coisas e sai rapidamente para não passa-lá uma má impressão com os risos que daria. Como pode alguém dizer que o amor é infinito? Classificar algo como infinito é expor aos outro uma falta de capacidade de delinear, dar limites as coisas, é admitir a própria ignorância sobre um tema. Quantas pessoas se casam e se separam? Quantos relacionamentos perdidos?
No amor não há lógica, ele tem que ser aproveitado enquanto durar, depois, com o passar dos anos, ele será só mais uma lembrança.

2 comentários:

Lucas Ferdinandi disse...

Basicamente, meu problema com o pessoal que ama.
ótima descrição da visão neo-social sobre amor.
Abraços cara...
Tem talento.

Neal Cassady disse...

Realmente.
Dizer eu te amo virou bom-dia.
Banalizou-se totalmente, e perdeu grande parte de seu significado original.