quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Um Sonho.

Vago por um verde campo
cheio de rosas e macieiras.
Acima de minha cabeça o céu tão limpo
e nuvens brancas.
Ao meu lado corre um pequeno rio
de águas claras
que me acompanha desde o começo de minha jornada.
Não avisto ninguém,
nenhum vilareijo,
nenhuma aldeia,
nada.
Tudo tão tranquilo,
a paz interior e exterior,
um paraíso.
Anoitece.
Me deito sob uma árvore;
olho para o céu,
e ele se mostra cheio de estrelas.
Começa uma fina garoa,
não é uma noite fria.
Acordo pela manhã,
tudo está como estava antes;
a não ser uma pequena chuva que começa,
mas logo cessa.
Como uma maçã e
sigo em frente,
continuando meu caminho mas,
agora,
há, à minha frente,
um belo arco-íris.
Pergunto me que lugar maravilhoso seria este.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O Mosquito.

Me sinto sozinho em meio a tantas palavras e promessas não cumpridas.
Dentro de um buraco escuro, úmido e frio cujas paredes o ar me roubam.
Minha alma se enche de medo e pavor,
não tenho para onde correr,
minha mente e meu espirito pastam no campo da dor.
Imagino os vermes comendo meus ossos e
minha carne se putrefando esquecida.
Não quero morrer.
Para onde irei agora?
Não fui cristão,
não quis chorar.
Nunca acreditei,
não quis me decepcionar.
Como me defenderei perante a fúria divina
agora que dei meu último suspiro?
Espero o perdão.
Não fui perdoado!
Sinto minha alma se separando de meu corpo
e nele uma dor mortal, está em chamas.
Estou perto de chegar ao inferno
e não ligo.
Meus olhos queimam.
Tudo está escurecendo;
vejo em meu braço um mosquito;
é a última coisa que vejo;
um mosquito da morte.
Já não existo mais.