sábado, 23 de agosto de 2008

Um Brinde a Flexibilidade.

Todos os dias temo cair em uma rotina,
fazer sempre as mesmas coisas,
sentir as mesmas coisas,
ouvir as mesmas coisas, sendo elas boas ou não.
Sempre ouvi falar e nunca gostei da idéia de velhos conservadores,
alias sempre liguei o conservadorismo a velhos,
uma visão afunilada e uma mente fechada para as coisas novas que estam perto de nós.
Ledo engano.
Não que eu mesmo não seja tradicionalista em alguns casos,
mas percebi que, infelizmente, essa visão afunilada do mundo e das coisas ainda perciste em uma nova geração.
Sempre gostei de misturar estilos e culturas dentro de um padrão que me agrade.
Misturar, missigenar enriquece, surguem coisas novas à partir de algo já existente, é claro, tudo com bom senso, mas algumas pessoas tem dificuldade em enteder isso, não entedem que em uma partida de futebol se leva uma bola e num lual um violão e não ao contrário.
A cabeça deve estar preparada para variar de acordo com o ambiente onde se encontra,
sempre dentro de um padrão que se escolhe, a flexibilidade é mágica.
Outras eu acredito que compreedam mas por influência externa, isso eu não compreendo, não enxergam, se comportão como apêndices. Em um lugar se faz de um jeito, em outro, de outro jeito, é completamente lógico.
Seguir um estilo bom é legal , mas as vezes é pouco.
À Flexibilidade?
À Flexibilidade!

sábado, 16 de agosto de 2008

O Desespero Humano

A clava que adentra rápida e fria
mas não penetra a carne,
o que jorra é espírito, a alma.
Clava fugaz e imperdoável,
queima os corações implacável.
A noite está escura e escuto uma voz que me
convoca, ríspida e baixa.
Vou até lá.
Tudo tão escuto e sombrio,
um cão começa a me caçar,
negro, feroz,
olhos vermelhos incandecentes,
sinto seu ódio.
Corro desesperado,
grito de dor,
olho seu dentes em mim atracados.
Encarniçado arrancanca minha carne à
mardidas.
Imagino-me em um grande quarto trancado,
sem ter para onde fugir e grito, grito, sinto medo
e me agrido contra as paredes,
uma de minhas unhas quebra inteira e cai no chão.
As paredes começam a se modelar,
derretem e aparecem coloridas,
disformes, olhos enormes sobre mim.
Começo a despedaçar,
minha alma se desgruda de mim,
vejo um cheiro, e tudo se queima,
o vermelho do sangue entra em meus olhos e vejo
aquilo que não mais queria ver.
Atraco minhas afiadas em meus olhos e os arranco,
estou com uma camisa de força em um caixão.
Meu grito não sai mas que um sussuro,
já não vejo minha voz.
Tudo queima,
delira,
arde,
vibra,
a loucura,
a insanidade.
Bolas de fogo no céu negro,
fogo no chão,
abro os olhos e respiro o ar insanidade.
O cão ainda me ataca,
sangro,
ele se vai.
Fico estirado no chão,
tenho fome.
Arrasto-me ao banco mais próximo,
e vejo passando a miha frente um gato,
um gato leproso que se trança em minhas pernas,
a ossos expostos e lambe meu sangue, o agarro,
ele não tem uma das orelhas e seus pelos são mal distribuídos,
seguro-o firme e cravo meus dentes afiados bem nabarriga,
tiro suas tripas ensanguentadas a dentes,
e depois como sua orelha,
e patas,
e olhos,
e por último seu pescoço.
Já não sei o que sou,
mas quem sabe?

Trin, Trin, Trin

Acordo pela manhã ao som de um despertador
e sigo para o trabalho.